... E se incendeias meu cérebro,
Então te conduzirei no meu sangue (Rilke)

16 de jul. de 2014

Azincourt - Bernard Cornwell

O arqueiro inglês Nicholas Hook tem uma aptidão sem igual para se meter em problemas. Quando seu senhor o envia a Londres em uma força especial designada para conter uma possível insurreição dos lolardos, Nick se descontrola durante uma briga e é declarado fora-da-lei.Refugiando-se do outro lado do Canal, Nick se junta a uma força mercenária da Inglaterra que protege a torre de Soissons contra ataques franceses. Lá, ele presencia as atrocidades que chocaram a Europa e o conduziram de volta para a Inglaterra, onde se alistou na companhia de arqueiros de Sir John Cornwaille, um dos líderes do exército de Henrique V. O exército é implacável, mas doenças e a inesperada investida francesa em Harfleur o reduzem a frangalhos. 

O rei se recusa a aceitar a derrota e, sob condições climáticas avassaladoras, lidera o restante dos homens ao que aparenta ser sua ruína. Azincourt é uma das mais grandiosas batalhas da História. Travada entre dois exércitos desiguais que se enfrentam em condições desastrosas no dia de São Crispim em 1415, resultou em uma vitória extraordinária, celebrada na Inglaterra anos depois de Shakespeare tê-la imortalizado na peça Henrique V. O notável triunfo do arco grande, conhecido como longbow, sobre cavaleiros de armaduras, e do homem comum sobre a aristocracia feudal são alguns dos mitos que a batalha criou. Bernard Cornwell sempre quis escrever sobre Azincourt e sua versão retrata a realidade por trás desses mitos. 

É um relato vívido, de tirar o fôlego e meticulosamente pesquisado sobre essa grande batalha e suas consequências. A partir do ponto de vista de nobres, camponeses, arqueiros e cavaleiros. Cornwell retrata habilmente as horas de luta implacável, o desespero de um exército mutilado pela doença e a coragem excepcional dos soldados ingleses.

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